domingo, 10 de abril de 2011

Crônica: Indignação

Olá, sou Lilian Martins, tenho uns... Deixa pra lá a minha idade,não é?
Gostaria de conversar, que dizer escrever para alguém ler... Ah, você entendeu!
Posso te chamar de amigo, cara, querido, idiota, burro... E por aí vai. Isso depende do seu ponto de vista. Se a carapuça servir...
Mas vamos ao assunto que me motivou escrever essas palavrinhas tão mal colocadas de uma escritora inexperiente.
EU QUERO VIVER. Entende?
Eu só gostaria de um lugar sossegado para ler ao som das árvores e dos pássaros.
Um lugarzinho... Sabe? Que tenha verde e azul e só o cheiro das palavras do meu livro favorito.
Nossa! Como é difícil encontrar um lugarzinho assim hoje em dia...
 Vocês não estão entendendo,  não é?
Tente andar na rua e escutar só os seus passos. Tente cantarolar distraído sem que alguém pense que é um louco. Tente sentar na rua com os amigos à noite sem ter medo de algum perigo. Tente dormir na rede em algum lugar aberto sem sentir medo.
Tente viver mais um pouco.
Creio que você está imaginando “isso é impossível”. E está aí a minha raiva.
EU TENTEI.
O que aconteceu?
Eu escutei buzinas e falatório. As pessoas me olharam torto quando cantei na rua. Nenhum dos meus amigos quis sentar na calçada depois das onze porque “era muito perigoso”. Fui assaltada quando tentei dormir na rede.  Quase morri...
Agora, meu caro, consegue entender minha indignação? Pois é... Quem tenta mudar o mundo é taxado de louco não é mesmo?
Consegue entender mais ou menos? Pare e pense amigo... Pare e pense...
Não consegue? Você deve ser mais um bate-orelha desse país, digo, campo de burrice.
Acha que enlouqueci e que saio escrevendo bobagens? Releia, por favor.
 Ana Eduarda, 2A

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