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A princípio, tive uma leve
sensação de déja vù, já que muitos
aspectos da estória lembram a famosa obra
Diário de uma paixão, que é reconhecido como uma das melhores adaptações
cinematográficas românticas do autor. Entretanto, ao me aprofundar na trama é
evidente que a história de amor entre Dawson e Amanda não possui a volatilidade
do relacionamento entre Ally e Noah. O casal de O Melhor de Mim é mais harmônico, mais trágico, e a cada flashback oferecido ao leitor fica mais
nítida a sintonia entre ambos. A estória inteira faz algum sentido, mas é
quando eles se reencontram que a complexidade do enredo é revelada. Além do
romance central, os subenredos em torno de outros personagens e seus conflitos
enriquecem o conteúdo e equilibram o ritmo do livro. Apesar do sentimentalismo
intrínseco às obras do autor, nesse novo lançamento Sparks também adiciona algo
incomum em seus trabalhos anteriores. Um leitor mais moralista certamente
evidenciará a posição vulnerável e socialmente questionável de Amanda ao trair
o marido, com o quem é casada há pouco mais de vinte anos.
Muitas
pessoas questionam o sucesso das obras românticas de Nicholas Sparks. Acredito
que a atração de suas estórias está no fato de que o escritor sabe como criar
narrativa onde o ser humano é o maior protagonista. Defeitos e qualidades +
reveses do destino. Tudo o que concerne à vida está impregnado em cada
parágrafo e diálogo do autor. Acredito que a mensagem que o autor deseja passar
é a de que, às vezes, o amor necessita de maturidade para alcançar sua força
total. As experiências e sofrimentos vividos por ambos os protagonistas nos
anos em que estiveram separados os transformou nas pessoas que eles precisariam
ser um para o outro.
Maressa Cruz
Livro: O melhor de mim
Autor: Nicholas Sparks
Editora: Arqueiro
Páginas: 272
Editora: Arqueiro
Páginas: 272
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