quinta-feira, 26 de maio de 2011

O Diário de Zlata

Maressa Ribeiro, 2º A

A sobrevivência de uma guerra
Durante a infância em Saravejo, Zlata, filha única de Malik e Alica Filipovic (advogado e engenheira química, respectivamente), costumava ter aulas de piano e canto no coral, gostava de jogar tênis durante o verão e praticar esqui durante o inverno.
Ao contrário de muitos amigos e familiares que deixaram Saravejo com a chegada da guerra, em 1992, Zlata e os seus pais tomaram a decisão de ficar juntos. O modo de vida tornou-se primitivo, sem água, eletricidade nem gasolina, e os suprimentos de comida eram extremamente limitados.
Proibida de ir à escola, com dificuldade de acesso a água e a comida e confinada ao seu apartamento junto da família, é-lhe exigida uma maturidade e uma responsabilidade desmedidas para que saiba e consiga lidar com esta situação que se prolonga no tempo. À medida que assiste ao horror do lado de fora da sua janela, ao enfraquecimento físico dos pais e à morte de pessoas conhecidas, Zlata começa a ver o mundo com outros olhos e a interrogar os motivos de tamanha catástrofe. “A guerra não tem nada de humano”, afirma vezes em conta para tentar compreender e a tentar racionalizar a situação como se, assim, fosse possível criar Paz.
Com uma coragem imbatível, Zlata conserva o que pode de sua existência anterior, e continua a estudar piano, a procurar livros para ler, a festejar ocasiões especiais - registrando tudo nas páginas deste diário extraórdinário.
Mas cada vez torna mais difícil a convivência em Saravejo,vivemos em um mundo que a política sempre sai livre, ela faz o poder e as leis, e não é difrente nos anos em que Zlata passou a guerra, tão pequena já tendo que pensar em um porque de tudo aquilo, porque a política era tão difícil assim, e mesmo não entendendo tendo que conviver com a injustiça e dor que ela causa.


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