segunda-feira, 25 de julho de 2011

Noruega: até onde se propaga a paz, o ódio pode aparecer.

Todos acompanhamos os relatos sobre o atentado cometido por Anders Behring Breivik. O norueguês de 32 anos, cometeu o atentado à bomba em Oslo e disparou vários tiros em um acampamento que matou jovens do Partilho Trabalhista – num total de 93 mortos.




 
 
Numa manifesto publicado na internet ("2083. Uma declaração europeia de liberdade" ), o autor do atentado explica suas motivações para o atentado. O manifesto demonstra um cristianismo fundamentalista, recheado de declarações de ódio contra o Islã, o marxismo e as pessoas não-brancas.
Mas sabe o que é mais triste nisso tudo...
A Noruega é conhecida por ser um centro que estimula paz. É lá que acontece, todo ano, a entrega do prêmio Nobel da Paz. Voltando ao passado histórico, durante a ocupação nazista, o partido que defendia os ideiais fascistas só conseguiu 2.5% dos votos durante a eleição. Em 2009, o partido neo-nazista só conseguiu atingir a marca dos 179 votos.
O único incidente sério envolvendo desrespeito aos direitos humanos foi o assassinato, em 2001, de Benjamin Hermansen, um jovem de 15 anos que foi morto por um grupo neo-nazista conhecido como BootBoys. A razão foi a ascendência do jovem: ele era filho de mãe norueguesa e pai ganense. O jovem foi morto porque era negro.
A reação de repúdio ao crime dos noruegueses veio na sequência: 40.000 pessoas participaram de uma passeata contra o racismo pelas ruas de Oslo, capital do país. Este ano, no décimo aniversário do crime, 5.000 pessoas se reuniram numa vigília.
É um povo que se orgulha da paz. Mas mesmo lá, o ódio insiste em aparecer. Até onde vai a intolerância! Pelo jeito, ela chega até os confins do planeta. 

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