quinta-feira, 14 de março de 2013

Carta ao leitor




Oi, gente!
A partir de hoje concretizamos um antigo projeto: o jornal mural da escola ganha as páginas da internet! 
Bem-vindos à página do Geração Notícia!!!
Queremos dizer que a trajetória até aqui foi longa e dura. Começou em março de 2011, encabeçado pelo pessoal da 6a série naquela época, mas contando com a colaboração de todos os alunos da escola. Tudo foi bem no começo, mas logo sentimos a dificuldade financeira de se trabalhar com a imprensa livre nesse país! Em maio de 2012, o jornal precisou passar por um processo de reformulação: tentamos conseguir verba para um Jornal Impresso e contamos com uma parceria incrível com o pessoal do curso de Jornalismo da Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep. Deu certo! Não a verba, que acabou não saindo, mas a parceria resultou no fruto que vocês poderão conferir aqui: nossa versão Digital do Geração Notícia!
Nesse momento, somos só alegria e entusiasmo com essa nova etapa do projeto! Agora vai, gente!
Queremos agradecer muito a todos que nos ajudaram: à diretora Thaís que não está mais conosco, mas que deixou em seu lugar uma nova direção que vem nos apoiando; aos coordenadores Gisele e Adilson; professores Angélica, Natália e Rosane. A todos vocês um obrigado imenso por todo apoio e por todo trabalho (que demos). 
Ao pessoal da Unimep, nosso carinho e eterna gratidão! Aos professores Botão e Wanderley Garcia, coordenadores do curso e do projeto e, especialmente, a vocês Airan Prada, Guilherme, Marina Maimone e Pedro Franco. Vocês foram inspiração para o que queremos nos tornar e para o tipo de jornalismo que pretendemos fazer. Nos ensinaram muito mais do que o beabá das notícias, reportagens, artigos de opinião... Nos ensinaram que, sem ética, a mídia se transforma em deformadora de opinião. Espero que se orgulhem de nós, assim como nós temos orgulho de vocês! Obrigada pelo conhecimento, pela paciência e pela amizade. 
É isso, gente! A todos os leitores, espero que curtam ler o jornal, assim como nós curtimos fazê-lo. Sim, porque a história desse jornal é de teimosia: insistimos para que ele não deixe de existir nunca, porque temos muito a dizer! 

Divirtam-se!

Equipe do jornal


JC começa 2013 com novos diretores.


Desde o início do ano, Sandra Generoso e Tiago Ferreira assumiram a direção da escola.  Nós do “Geração Notícia” fomos conferir mais de perto suas ideias. Confira!


  
GN: O que trouxe você à escola?                     

Tiago F.: Olha pessoal, este é o segundo ano que consigo escolher aulas, ou seja, eu trabalhava na “Escola da Família” nos finais de semana no Bosque do Lenheiro, há 8 anos. Cheio de coisas para fazer, acabava ficando sem tempo. Em seguida, pensei em arriscar sair do “Escola da Família” e pegar aulas. Fiz isso depois que fiz a prova e tirei uma nota alta. Foi então que, no começo de 2012, fui dar aula em sete escolas diferentes até completar minha carga horária inteira. Como eu trabalhava no Bosque, acabei conhecendo a diretora Sandra, que me chamou para ser coordenador.
Por fim, a Sandra  teve que sair do Bosque por que a diretora de Licença que ela estava cobrindo saiu. Ela fez uma prova e conseguiu pegar o João Conceição e me convidou para ser Vice-Diretor por eu ter feito um bom trabalho junto com ela nos anos anteriores.

GN: O que você pensa de atividades extracurriculares?   

Sandra G.: Eu e o Tiago somos professores de Educação Física. Em se tratando desse tipo de atividade, vocês já estão em vantagem, porque minha cabeça e a do vice são um poucos mais abertas do que a dos diretores normais.
O esporte na escola terá total apoio da gente, porque sabemos o poder  do esporte na vida dos jovens.

GN: Qual foi a primeira impressão que você teve da escola?

Tiago F.: A primeira impressão foi ótima! Perto da realidade que eu trabalhava, é bem diferente aqui. A escola é organizada, tem um bom número de funcionários para trabalhar, mesmo tendo alguns problemas como qualquer outro lugar pode ter. O bom é que aqui usamos o diálogo para resolver os problemas.


GN: Existe a possibilidade de abrir a escola aos  sábado para os alunos?

Sandra G.: Sim, mas não é fácil. Porque não existem funcionário para ficar na escola nesse dia. Poderia se aqui existisse a “Escola da Família”, o que é algo bem difícil de ser colocado novamente no João Conceição. No caso desse projeto, quando ela é aberta, não é só para os alunos  e sim para toda comunidade, teríamos questões para resolver como o fato de que, por exemplo, não teria ninguém para limpar a escola nos finais de semana. Vocês chegariam na segunda de manhã para a aula e o pátio e os banheiros poderiam estar sujos.

GN.: Você pretende continuar com o projeto Jovem do Futuro que teve seu início ano passado no João Conceição?

Tiago F.: Quando eu era coordenador no Bosque do Lenheiro, tomava conta de todo o projeto. Então eu sei de todos as partes como planejamento, esforço e orçamento. Aqui quem vai dar continuidade ao projeto é o Adilson e os Professores que já estavam coordenando no ano passado. A verba chegando, vamos fazer o planejamento do que precisa ser melhorado na escola, desde ar-condicionado, bebedouro, azulejos quebrados, até a parte pedagógica.

GN.: Você gostaria de deixar alguma mensagem de incentivo para os alunos?  

Tiago F.: Sim! Sempre que estiver triste, lembre-se que existe alguém que é feliz, pelo simples fato de você existir! Um abraço!!!``

E nessa conversa descontraída, vocês conheceram um pouco dos novos diretores! Esperamos que eles façam um bom trabalho como os outros Diretores do João Conceição!


Ralph Leles, Eberton Cetein e Henrique Trevisan.

Parkour: relato de um praticante



Saber exatamente quando surgiu o parkour é algo praticamente impossível. Não há certeza se é uma esporte, uma filosofia, uma disciplina ou alguma coisa do gênero. No mundo é conhecido por vários nomes, os principais são Parkour e Free Running, mas a pulga atrás da orelha insiste: “O que realmente é o Parkour?”
Na década de 80, Devid Balle segue um treinamento inventado por seu pai, que tinha como objetivo ultrapassar obstáculos para ajudar os bombeiros em suas missões. Devid Belle começou como uma brincadeira que, com o tempo, foi sendo levada para o lado esportivo. Junto com Sebastian Folcan, os amigos começaram a expandir o parkour na França. Os dois treinaram quase uma década juntos, mas acabaram se separando por terem ideias diferentes sobre a prática. Folcan achava que os movimentos do parkour deveriam procurar alcançar mais beleza do que agilidade, então criou o free Running. Belle continuou na França e Folcan foi para a Inglaterra. Com o tempo, os dois foram ganhando seguidores e a prática se espalhou pelo mundo todo, até chegar ao Brasil em 2004.
Com o lançamento do filme Bairro 13 - 13° distrito em 2003, o parkour teve chance de se tornar conhecido pelos 4 cantos do mundo, e foi o que aconteceu: praticantes começaram a surgir como formigas em todos os lugares, cidades de pequeno e médio porte tinham, pelo menos,  10  praticamente, e as cidades grandes tinham um número muito maior.
Em 2004, o nosso querido You Tube foi lançado, possibilitando assim que os praticantes postassem seus vídeos para o mundo todo ver. Com ajuda de redes sociais, as pessoas interessadas entravam em contato com algum praticante e começavam a treinar, até atingir a dimensão do que é o parkour  hoje em dia: um esporte presente no globo terrestre todo. São raras as cidades em que não habitam tracers (praticantes de parkour). 
No Brasil, ainda há muitas coisas a serem superadas, ainda há muito preconceito e falta de conhecimento da prática, mas em países como França e Inglaterra, o parkour é uma bomba: ginásios gigantescos são usados só para a prática do parkour, já há uma lista com inúmeros filmes que usam da modalidade, praças são feitas especialmente para prática em lugares ao ar livre com acesso para todos. O conceito também mudou, agora você se movimenta como quiser, sem ter preconceito.
Com o passar dos anos, o parkour foi mudando muito de aspecto. Há quatro anos, quem praticava acrobacias em meio à movimentação era considerado um "modinha" da prática mas, hoje em dia, já não é mais assim. Pra mim, que sou praticante há alguns anos, quer seja um esporte, uma filosofia, uma disciplina ou o seja lá o que for, a explicação universal do Parkour é a de que a prática força você a traçar objetivos.  Você traça seu destino e vai atrás dele, se preferir da maneira mais rápida (conhecido como o verdadeiro Parkour) ou então da maneira mais bonita e fluente (conhecido como Free Running ).
Basicamente, o que importa de verdade é você estar em constante movimento, sempre procurando se superar, sempre buscando mais. Um dos aspectos que fazem as pessoas se apaixonarem pelo parkour é justamente a ânsia por evolução: você aprende um salto e quer ir cada vez mais alto. Se subir um muro de 2 metros, vai querer encarar um de 3. Além disso, hoje, o parkour é tão amplo que é possível uma pessoa treinar há 10 anos e ainda não ter feito todos os movimentos. É como um efeito dominó: você aprende uma coisa, e isso te leva a aprender outra.
Mas, o verdadeiro parkour só pode ser entendido por quem o pratica, por quem vive com a ânsia de evolução de quem está derramando suor para ter suas conquistas. Além de mudar a pessoa fisicamente, o parkour também nos muda psicologicamente, preparando para várias situações que podem ser encontradas no cotidiano e que exigem esforço e superação. A forma de pensar se altera de uma forma que não se conseguiria com alguma aulinha de autoajuda. Depois de conviver com o parkour por alguns anos, me acostumei a treinar e não consigo mais me imaginar parado. O corpo automaticamente anseia pela vontade de ser usado para fazer arte.

Eberton Cetein

Próxima fase


É... Fim do ano tá aí e o que iremos fazer? O Ensino Médio passou voando por nós, o mesmo que no começo da primeira série parecia interminável. Na verdade, todo final de aula é a mesma coisa: Abraços, comemorações, aquela choradeira dos que não irão mais voltar pra escola, gritos de "até que enfim" ou "te vejo ano que vem", fotos, cadernos sendo deixados de lado. Finalmente férias!

Todo esse ano estudando e, principalmente, fazendo e conservando amizades. É na escola que aprendemos a escrever, fazer continhas... depois as coisas vão se complicando um pouco. É na escola também, que aprendemos as melhores desculpas para o tão famoso "dever de casa", na escola fazemos amigos, encontramos paixões, problemas (não apenas os matemáticos, mas também aqueles que nos deixam de cabeça quente). Enfim, a escola não ensina apenas a teoria, ensina a prática de muitas coisas.
O futuro bate com insistência. As perguntas mais frequentes são: “vai prestar vestibular?”, “o que pretende fazer próximo ano?”, ou até mesmo “que carreira vai seguir?”. Perguntas que alguns sabem responder e outros nem tanto. Mas o que importa é que estamos no último ano do ensino médio, já parou pra pensar?
E por falar em parar pra pensar, quando realmente pensamos, nos tornamos uma mistura enorme de sentimentos. Pensamos no próximo ano, nos vestibulares, nos trotes, na falta que os amigos irão fazer, nas festas de despedida, relembramos momentos e histórias. E o que mais nos marca são os amigos, os valores e principalmente a saudade. Saudade dos colegas da escola, dos professores e até das intriguinhas que rolavam de vez em quando.
O que podemos afirmar é que esse período será lembrado pelo resto de nossas vidas.
Temos medo do futuro? Talvez. Não podemos falar a respeito do que ainda não chegou. Somos fortes, livres para fazermos qualquer escolha que nos agrade, somos mais que campeões por termos chegado até aqui. E que venha a próxima fase.

                                                              Ana Eduarda Rodrigues

OBS.: A Aniinha escreveu o texto no final de 2012, quando ainda era aluna da 3a série do Ensino Médio do João Conceição. Em 2013, ela já  é aluna do curso de Letras da Unimep.  Mesmo assim, continua colaborando com o Geração Notícia. Sorte nossa!


Facebook: todo mundo se encontra lá


Muitas pessoas usam o Facebook como se fosse mais uma rede social. Mas você sabia que ele pode proporcionar muito mais do que conversas com amigos ou compartilhamento de fotos ?
Atualmente, não existe apenas o feed de notícias para ver as publicações de seus amigos. É possível criar grupos (de teatros, cursos, escolas, trabalhos, etc) dos quais só as pessoas que você incluir poderão participar com fotos, comentários, compartilhamentos e tudo o que a rede social oferece a seus usuários. Os grupos são divididos em dois tipos:
a) Grupo Fechado: As pessoas conectadas a ele ou não podem ver as publicações, mas apenas quem pertence ao grupo pode curtir e publicar algo.
b) Grupo Secreto: Apenas quem está conectado a ele pode ver e/ou publicar algo.
Outra facilidade que o Facebook proporciona, é que qualquer usuário pode criar uma página de notícias, famosos, curiosidades entre outros temas. E a grande vantagem é que é tudo de graça, muito fácil e rápido de fazer.
Recentemente, duas páginas fazem o maior sucesso:
- Diário de Classe, que aborda problemas na área de educação e falta de qualidade na estrutura escolar.
- Gina Indelicada, com bastante humor e informalidade, caiu no gosto do povo. A página conta com mais de  dois milhões de curtidas atualmente.
Mas o que torna o Facebook a maior rede social é a sua interligação com outras redes e aplicativos. Você pode, ao mesmo tempo, estar conectado em sua página do Face e falando via Skype com um amigo no chat, sem precisar criar uma outra conta do Skype, ou vice-versa.
Os usuários de celulares com sistema operacional Android ou Ios, podem, através do aplicativo Instagram, publicar fotos com grandes efeitos e qualidade profissional.
Mas o grande segredo do Facebook é o poder da criatividade junto com a alta tecnologia, que oferece às pessoas muitas novidades, mantendo seus usuários sempre conectados. Logo, quem quiser ficar popular na rede social, tem grandes chances de conseguir. Você mesmo poderá pagar para promover seus posts de fotos ou textos para que fiquem no topo do feed de notícias de seus amigos e assinantes.
É certo que, antigamente, os jovens se falavam mais pessoalmente. Ninguém precisava divulgar sua rotina para ser popular. Bastava que as pessoas percebessem seu modo de agir e sua educação para você chamar a atenção e se destacar entre os outros. Hoje em dia, isso não é bem assim. Muitos jovens usam o fato de o Facebook ser um grande facilitador da comunicação e de ter muitas pessoas conectadas a ele, para não mostrar quem realmente são, fazendo com que sua vida virtual seja mais divertida e animada do que a real.
Ninguém precisa mais marcar na escola para sair e se divertir. Pelo fato de você entrar no Facebook e a grande maioria dos seus amigos já estar lá, fica bem mais fácil marcar encontros e conversar.
Ralph Leles

O melhor de Mim (Nicholas Sparks)




O autor inicia a leitura introduzindo o caráter e hábitos do protagonista. Dawson é um cara na casa dos quarenta, vive uma vida pacata e reclusa. Aos poucos, no entanto, o personagem vai se abrindo para o leitor e começamos a desvendar o seu passado, onde encontramos uma infância roubada, um pai abusivo e um grande amor da adolescência. Em contrapartida, também conhecemos Amanda, a mulher por quem Dawson foi apaixonado. Mais de vinte anos depois do romance dos dois ter acabado, ela vivencia um casamento instável, com um marido alcoólatra e a responsabilidade de lidar com três filhos crescidos. Tanto Dawson quanto Amanda tiveram suas vidas marcadas pela tragédia em algum momento. Ele atropelou e matou um homem e ela perdeu uma filha para o câncer. O passado e o presente se chocam quando eles se reencontram na cidade onde cresceram e se apaixonaram e, apesar da realidade bater à porta dos dois a cada momento, é como se ambos retornassem aos anos da adolescência.
A princípio, tive uma leve sensação de déja vù, já que muitos aspectos da estória lembram a famosa obra Diário de uma paixão, que é reconhecido como uma das melhores adaptações cinematográficas românticas do autor. Entretanto, ao me aprofundar na trama é evidente que a história de amor entre Dawson e Amanda não possui a volatilidade do relacionamento entre Ally e Noah. O casal de O Melhor de Mim é mais harmônico, mais trágico, e a cada flashback oferecido ao leitor fica mais nítida a sintonia entre ambos. A estória inteira faz algum sentido, mas é quando eles se reencontram que a complexidade do enredo é revelada. Além do romance central, os subenredos em torno de outros personagens e seus conflitos enriquecem o conteúdo e equilibram o ritmo do livro. Apesar do sentimentalismo intrínseco às obras do autor, nesse novo lançamento Sparks também adiciona algo incomum em seus trabalhos anteriores. Um leitor mais moralista certamente evidenciará a posição vulnerável e socialmente questionável de Amanda ao trair o marido, com o quem é casada há pouco mais de vinte anos.
Muitas pessoas questionam o sucesso das obras românticas de Nicholas Sparks. Acredito que a atração de suas estórias está no fato de que o escritor sabe como criar narrativa onde o ser humano é o maior protagonista. Defeitos e qualidades + reveses do destino. Tudo o que concerne à vida está impregnado em cada parágrafo e diálogo do autor. Acredito que a mensagem que o autor deseja passar é a de que, às vezes, o amor necessita de maturidade para alcançar sua força total. As experiências e sofrimentos vividos por ambos os protagonistas nos anos em que estiveram separados os transformou nas pessoas que eles precisariam ser um para o outro.

Maressa Cruz


Livro: O melhor de mim
Autor: Nicholas Sparks
Editora: Arqueiro
Páginas: 272

Geração Notícia

Hugo Cabret e a magia do  cinema


Confesso que só li o livro por conta da minha professora de Português, mas acabei gostando.
 Hugo Cabret é um menino órfão que perdeu o pai em um incêndio, e, por isso, mora com o tio em uma estação de trem, onde toma conta dos relógios. Pouco antes do incêndio, o pai de Hugo havia encontrado um autômato, e os dois decidiram consertá-lo. Porém, depois da morte do homem, tudo que Hugo tinha era o caderninho com anotações sobre o tal autômato. E se o autômato escrevesse alguma mensagem importante de seu pai? O menino, por causa disso, decidiu que o terminaria de qualquer forma.
No entanto, seus planos são frustrados quando o dono da loja de brinquedos de onde Hugo rouba as peças para consertar o autômato, pega-o no flagra e confisca seu caderno. Agora, Hugo precisa recuperá-lo e, contra sua vontade, precisa da ajuda de Isabelle, a sobrinha do velho. Juntos eles descobrirão a magia dos sonhos e levarão você também a uma aventura pela historia do cinema.
O livro é repleto de ilustrações de páginas inteiras, que nos remetem justamente ao cinema. É como se um filme estivesse se desdobrando a nossa frente conforme viramos as páginas, e acho que foi uma forma brilhante de realmente nos fazer entrar na história.
 Os personagens são bem trabalhados e as ilustrações nos ajudam a visualizá-los – aliás, os atores que escolheram para o filme ficaram ótimos nos papéis.
Não posso dizer que é uma história emocionante, que vai fazer seu coração acelerar, ou que você vai ficar morrendo para saber o final. Mas é uma história sobre sonhos que vai te aquecer e te fazer sorrir. É uma história que vai te fazer lembrar daquilo que você realmente é, e que vai te mostrar que, com um pouco de magia, tudo é possível.
Hugo Cabret é, por fim, uma adorável homenagem ao cinema e  à magia que ele traz as nossas vidas todos os dias. Por trás de um cineasta, de um escritor ou roteirista – por trás de todo e qualquer contador de histórias – há, repousando ali, e muitas vezes longe de nossos olhos, um mago pronto para colocar os seus truques em prática, e nos encantar sempre.

Júlia Detoni


Livro: A invenção de Hugo Cabret
Autor: Brian Selznick
Tradutor: Marcos Bagno
Editora: SM Editora