Parabéns Vitória Carone e Stefane Freitas!!!
Este é um espaço reservado para a publicação de vários gêneros literários (poesia, conto, crônica...). Os autores dos textos são jovens escritores, estudantes do João Conceição. A partir de março/2013 também passa a ser espaço da edição virtual de nosso jornal, o Geração Notícia.
quarta-feira, 28 de março de 2012
Morre o escritor Millôr Fernandes
Millôr Fernandes |
Morreu hoje o escritor Millor Fernandes, 88 anos, em sua residência no Rio de Janeiro por volta das 21h00.
Millor foi um grande escritor. Aliás, escritor, cartunista e tradutor. Nasceu pobre em 1923 e as 14 anos já trabalhava como contínuo em um jornal. Viria a tornar-se jornalista anos depois, segundo ele mesmo, "tendo de fazer o que nunca aprendera a fazer. Tive sorte, nunca pensei no que queria ser quando fosse adulto."
E como tinha talento o nosso escritor. Dono de um estilo ferino e irônico, utilizava a sátira como ferramenta principal em suas obras. Foi um dos fundadores do jornal O Pasquim em junho de 1969, famoso pela resistência a ditadura militar... Sempre exercida com muita comedia, logicamente...
E os cartuns! Ah, os cartuns!
E os livros? 100 fábulas fabulosas, Um elefante no caos, Flávia: cabeça, tronco e membros... são tantos e todos formidáveis, mas o melhor de todos, o Millor definitivo (nome do livro!), esse é mesmo definitivo!
Abaixo, leia algumas frases extraídas do exemplar.
*
Divulgação |
Nesta luxuosa 15ª edição estão reunidas 5.299 frases de Millôr |
- Aceita esse cargo, sim. Nada tendes a perder senão a vossa covardia. Nunca ninguém perdeu dinheiro investindo na desonestidade.
- Só louco rasga dinheiro? Bobagem. Nem louco rasga dinheiro. Experimente jogar uma nota de cinqüenta (ou mesmo de um!) num pátio de insanos. Vai ter briga pra pegar.
- Como posso ser compreendido por milhões de medíocres que continuam a acreditar em caderneta de poupança?
- Na nota do freguês nunca esquecer de somar também o dia e o ano. Se o freguês reclamar a gente dá outra nota e põe a diferença como desconto para clientes especiais. Os bancos fazem isso o tempo todo.
- Pra quem gosta de puxar, qualquer saco serve. Acaba sempre puxando o saco certo. O de dinheiro.
- Quando o paciente emocionado, diante do médico que lhe salvou a vida, declarou que "não tinha como lhe pagar", o médico sábio esclareceu: "Meu filho, desde que os fenícios criaram o sistema fiduciário essa questão está plenamente resolvida".
- O ser humano só aprendeu a contar depois que o dinheiro apareceu na face da Terra. O homem aprendeu a contar pra poder contar dinheiro. Lucro ilícito é precaução mínima que você tem que tomar pra não ter prejuízo.
- O lucro, disse o banqueiro, é minha pátria (justificando ter se naturalizado paraguaio).
- Quanto é muito? Quanto é demais? Eu, por exemplo, que moro no Rio à beira-mar, tenho carro (1998, é verdade) e como nos melhores restaurantes, me considero um homem pobre.
- A terra continua azul (vista lá de cima).
E os haicais? Lembra deles?
[POEMEU EFEMÉRICO]
"Viva o Brasil
Onde o ano inteiro
É primeiro de abril"
"Olha,
Entre um pingo e outro
A chuva não molha."
"Nos dias quotidianos
É que se passam
Os anos"
"na poça da rua
o vira-lata
lambe a lua"
"probleminhas terrenos:
quem vive mais
morre menos?"
E, por fim, pra fechar o assunto cheios de saudades...
"é meu conforto:
da vida só me tiram
morto"
Você vai fazer falta, Millôr!
Mais sobre a morte de Millor
Revista Carta Capital: Morre Millôr
Folha Ilustrada: Lembranças de Millôr
terça-feira, 20 de março de 2012
Pedida cultural: show!
O SESC-Piracicaba exibe nesta quarta-feira, 21 de março, show imperdível pra quem gosta de rap com os rappers Criolo e Emicida.
Criolo é descrito assim pela revista Bravo:
Leandro Roque de Oliveira, de 24 anos, veio ao mundo pouco antes do estouro dos Racionais MC's, a banda mais popular e influente do hip hop nacional. Como boa parte dos garotos de periferia (nasceu no Jardim Fontalis, zona norte de São Paulo), ele não conheceu o Brasil sem o discurso indignado de Mano Brown, o líder do grupo. Sobretudo por isso, já na adolescência, começou a transformar o próprio cotidiano em rimas. Hoje, é estrela ascendente do rap e um craque quase imbatível nas batalhas defreestyle - competições em que rappers se desafiam por meio de improvisos. As sucessivas vitórias nessas brigas de palavras lhe renderam a alcunha de Emicida, neologismo que significa algo como "o matador (ou homicida) de MCs".
Para ler a reportagem completa, acesse o site:
Criolo dispensa comentários! Até Chico Buarque homenageou o cantor recentemente. Na verdade, o cantor retribuiu uma gentileza: durante um de seus shows, Chico cantou um dos raps de Criolo, releitura da Canção Cálice, uma das mais famosas de Chico Buarque.
O rap de Criolo que faz a releitura de Cálice segue aqui! Bom show a todos!!!
segunda-feira, 12 de março de 2012
E se colocar pimenta ?: Fim De Ano...
E se colocar pimenta ?: Fim De Ano...: Época de rir, de se reunir com os amigos, de chorar, de ver o mundo com outros olhos... com mais responsabilidade. Época de olhar tudo o que...
quinta-feira, 1 de março de 2012
Café.
É tanta falta de cultura e informação,
é tanto desinteresse e despreocupação,
tanta falta do que fazer misturada com ignorância.
É tanta corrupção e covardia, tanta incompreensão.
É tanto tudo, que me dá até ânsia.
É tanta alienação, tanto ódio, tanta guerra.
É tanto despreparo e falta de estrutura.
Tanta poluição na terra.
É tanta mesquinharia e futilidade,
tanta falta de maturidade.
São tantas pessoas acomodadas e conformadas,
é tanto sofrimento, são tantos assassinatos.
São tantas nações enclausuradas.
E são tantos hiatos...
Ah! E eu não sei preparar o café
como minha avó preparava.
E é isso, queridos, o que mais me deixa brava.
tanta falta do que fazer misturada com ignorância.
É tanta corrupção e covardia, tanta incompreensão.
É tanto tudo, que me dá até ânsia.
É tanta alienação, tanto ódio, tanta guerra.
É tanto despreparo e falta de estrutura.
Tanta poluição na terra.
É tanta mesquinharia e futilidade,
tanta falta de maturidade.
São tantas pessoas acomodadas e conformadas,
é tanto sofrimento, são tantos assassinatos.
São tantas nações enclausuradas.
E são tantos hiatos...
Ah! E eu não sei preparar o café
como minha avó preparava.
E é isso, queridos, o que mais me deixa brava.
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